Duas conchinhas

O vento tocava minha pele e bagunçava meus cabelos. Pouco me incomodava.
Duas conchinhas em minhas mãos eram a minha diversão. Parecidas, em sua pintura, em cada risco, e cor. Uma maior que outra, fazendo a menor encaixar-se confortável e perfeitamente dentro da maior.

Assim eu me sentia nos braços daquele rapaz alto e elegante, que tinha um perfume amadeirado, que nunca esqueci. Um cheiro de chocolate nos cabelos, e um sorriso estonteante.

Pareciamos, nos gostos, nos traços do rosto, nas cores da pele e dos cabelos, nos pensamentos e ideais de vida. Pareciamos, porém, mais que isso.. completávamos um ao outro.

Mas o verbo já é conjulgado no passado. Um passado rescente pra mim, mas talvez distante pra ele.

Nunca mais me encaixei em teus braços, ou contemplei seu sorriso, e se quer senti teu perfume.

Ah, que saudades daquele garoto que sempre me pedia pipoca. Que saudades de suas cartas, seus versos e seu jeito de alegrar o meu dia, minha vida.

Que saudades do meu menino, da minha concha maior.

Peço desculpas pelo tempo que fiquei afastada do Blog. Mas espero que gostem do textinho, e da nova carinha desse pedacinho do meu mundo. Com um pouquinho de tempo publico os selinhos que ganhei, e visito os novos seguidores. Um beijo a todos! ;)